quarta-feira, 16 de março de 2011

SÃO JOSÉ PAI ADOTIVO DE JESUS, ESPOSO DE MARIA.

"...eis que um anjo do senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: 'José, filho de davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados" (Mt 1, 20-21)

Com estas palavras o evangelista São Mateus apresenta o anuncio do mensageiro de Deus a São José ao mesmo tempo que introduz no Mistério da Encarnação, e por ele "...o verbo se fez carne e habitou entre nós"(Jo 1, 14). Aqui se trata do mistério da entrada de Deus na História humana em forma humanizada assumindo toda natureza humana, tornando-se semelhante a nós em tudo, menos em uma só condição meramente humana, o pecado que não o corrompeu pela sua condição de Homem. (Fl 2, 5-8; Hb 4,15).
Este grande mistério é sobremaneira profundo demais a nós pecadores, que só pode ser compreendido à luz da fé, pois, São José foi associado intimamente por vontade do Deus Altíssimo, no plano salvífico. Embora não tenha colaborado com certeza na concepção do Filho de Maria, pois Aquele que Maria concebera foi por obra e graça do Espírito Santo, e confiado a São José para que ele fizesse as vezes de pai aqui na terra, uma vez que Jesus precisava da presença paterna, de um representante patriarcal, papel próprio da constituição familiar.Deus confiou portanto a José a missão de representá-Lo junto ao seu filho encarnado.
Deus Pai, designou e confiou os inícios da Redenção do homem aos cuidados de São José, constituiu-o guardião do Redentor e o chefe da Sagrada Família, onde desempenhou a importante missão de pai de Jesus e esposo de Maria. (Mt 1, 24)
Ao conduzir Maria, que estava grávida, até Belém, para atender ao convocado de Herodes para o ressecamento, segue como o protetor, o pai presente no nascimento de Jesus (Lc 1,21).
As poucas vezes que se menciona São José nos Evangelhos, se vê o pai presente em todas as circunstâncias como além do nascimento do menino Jesus,a fuga com o menino e Maria para o Egito, para protegê-Lo de Herodes (Mt 2, 13-15), podemos constatar essa presença zelosa, quando José leva Jesus ao templo para a circunciso e colocar o nome (Lc 2, 21 - 22). Como forma de acompanhar e cumprir sua missão de pai José retorna com Jesus do Egito estabelecendo-se na Galiléia, para que se cumprissem as escrituras, (Mt 2, 22-23)e ainda acompanha-o na grande peregrinação por ocasião da festa da Páscoa em Jerusalém, quando Jesus é encontrado no templo entre os doutores da Lei (Lc 2, 41-52).
Dá para perceber que José embora não se fale muito de sua pessoa, mas o pouco que se narra é de suma importância para a vida e adolescência de Jesus, é um presente na sua formação considerado um dos períodos mais difíceis no desenvolvimento do ser humano, principalmente na puberdade, quando os meninos e meninas precisam não só da presença feminina (mãe), mas também da presença masculina (Pai) e José desde a gestação de Maria foi muito presente. José portanto desempenhou a sua missão sempre unido a Deus, com toda humildade, sempre escondidinho, laboriosamente, dedicado aos interesses de Jesus, mantendo uma vivencia muito forte do mistério cristão. São José foi perseverante, humilde e simples, e viveu em absoluta obediência e fidelidade à vontade de Deus Pai, que reconhece em seu servo as qualidades de um justo e fiel:" Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu Senhor (Mt 25, 21).
O Papa Pio IX no dia 08 de dezembro de 1870 declara São José o patrono da Igreja Católica como forma de mostrar que São José também cooperou como guardião do Redentor, participando da fundação de sua Igreja, tornando-se o guardião de todos aqueles que foram redimido por Jesus.
Como cristãos e filhos do mesmo Pai celestial temos a certeza que São José continua a sua missão de guardião de todos os cristão.

São José, rogai por nós.




Margarida Maria Viana Sales
Teologa/Psicopedagoga/Especilista em História
Postado em 16/03/2011

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