terça-feira, 30 de novembro de 2010

Avaliação Psicopedagógica e sua contribuição no ensino aprendizagem

                                                               Margarida Maria Viana Sales
           
            A avaliação psicopedagógica tem contribuído de forma eficiente com os profissionais desta área como um instrumento eficaz principalmente para o sistema educacional como forma de reconduzir tarefas inoperantes.
            O “assessoramento e avaliação psicopedagógica formam um binômio inseparável” (Manuel Sanchéz; Joan Bonals, 2008) e indispensáveis, pois estão embrionados, um não pode estar sem o outro, ou seja: “avaliar para assessorar”. 
Segundo Bonals e Sánchez é de grande importância que a avaliação assessore a intervenção junto ao aluno, à escola e ao sistema educacional, partindo de uma concepção mais ampla, não bastando está centrada no aluno/aluna, mas em todo o seu contexto social visando suas necessidades e experiências com a finalidade de ajuda-los no seu desenvolvimento e crescimento pessoal.
            Mediante a essas considerações percebe-se que o assessoramento psicopedagógico é antecipado por uma avaliação com características próprias, com funções de identificar as necessidades educacionais e posteriormente atender a  demandas que podem ser expressas em termos formais, como avaliar, estudar ou diagnosticar  para intervir.
            Vale salientar que a psicopedgogia é bem recente e que as diferentes administrações  educacionais nutriam-se até pouco tempo de profissionais da “psicologia” e da “pedagogia” que davam suporte aos alunos com necessidades especiais  . Até a avaliação de certa forma aplicava-se através de cada disciplina com seus instrumentais, sua metodologia e seus enfoques teóricos.
            COLOMER (2008) destaca a avaliação psicopedagógica como uma proposta de procedimentos e estratégias que se fundamentam na sistematização sobre a prática dos saberes, tendo como marco teórico a concepção construtivista do processo do ensino-aprendizagem e da teoria sistêmica.
            Podemos nos certificar nas palavras de COLOMER (2008), que
“a avaliação psicopedagógica deve nos permitir dispor de informações relevantes não apenas em relação às dificuldades apresentadas por um determinado aluno ou grupo de alunos, por um professor ou alguns pais, mas também às suas capacidades e potencialidades”.
            Nesta linha de pensamento e afirmações podemos perceber que as dificuldades e as deficiências não estão separadas das necessidades educativas dos alunos e devem ser passíveis de melhoria, considerando que a interação estabelecida pelos alunos nos diferentes contextos (sala de aula, família, meio social mais amplo) determina tanto as competências e habilidades quanto a necessidade de auxílio. Deste modo o processo de avaliação, as técnicas e os instrumentos utilizados fazem parte de um conjunto de participantes com contribuições próprias da competência de cada um.
            Ao falarmos de avaliação psicopedagógica não significa que façamos de forma separada do ensino. A avaliação psicopedagógica faz parte do ensino e, portanto as alternativas de avaliação são consideradas como programas centrados no currículo ou estratégias de ensino eficaz e concordante.  No caso mais específico da psicopedagogia, como investigações mais complexas contamos com os aspectos teóricos coerentes que asseguram uma prática relevante rigorosa, tendo na avaliação as estratégias cognitivas e os processos que estão na base da aprendizagem.
JESÚS-NICASIO (2004), ressalta que
“a avaliação dos processos estratégicos incluem: os processo de múltipla coordenação, organização e acesso; as estratégias auto-reguladoras; a consciência e a explicação; a flexibilidade cognitiva; e a avaliação dessas estratégias nas áreas acadêmicas específicas, assim como a avaliação da interação entre a atenção e o auto-conceito, a auto-eficiência e a motivação” do “ser” objeto em estudo”.
Embora haja posicionamento de outros teóricos como: Teresa Colomer, Masot e Navarro, (2001)  afirmando que  a avaliação psicopedagógica é como
“um processo compartilhado de coletas e análises de informações relevantes da situação de ensino-aprendizagem, considerando-se as características próprias do contexto familiar, a fim de tomar decisões que visam possíveis melhoras na situação colocada”.
            É nesse processo que visualizamos atuações inter-relacionadas destinadas ao ensino-aprendizagem como a pesquisa e a compreensão dos fatos. A coleta de dados de informações é relevante à avaliação psicopedagógica, pois prioriza os aspectos a avaliar tornando-os pontos críticos para as tomadas de decisões frente à resposta educacional a ser apresentada com propostas de mudanças que deverão ser planejadas portando critérios informativos orientados pela coleta situacional do contexto em que ocorre a situação de ensino-aprendizagem.
A avaliação psicopedagógica imprescindível para a melhoria do ensino aprendizagem, e como tal não podemos deixar de lado pontos importantes como a entrevista, mola propulsora  que nos oportuniza a contatar pessoalmente o aluno: ver como é fisicamente, qual é seu estado de ânimo, sua forma de se relacionar e de se comunicar, seus interesses, desejos, queixas e suas dificuldades.

FUNÇÃO DO PSICOPEDAGOGO

Margarida Maria Viana Sales

A partir da Lei Nº. 3124/97 do deputado Barbosa Neto que regulamentou a profissão do Psicopedagogo  no Brasil e cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de  Psicopedagogia, que se tem conhecimento da importância deste profissional que veio para auxiliar na identificação e resolução dos problemas do processo ensino-aprendizagem.
O Psicopedagogo atualmente, legalmente capacitado está apto  a lidar diretamente com as dificuldades de aprendizagem, recebe e detém  um corpo de conhecimentos científicos articulados das várias áreas aliadas à Psicologia e a Pedagogia, podendo exercer sua profissão por  todo Brasil em clinicas e instituições que necessitam de seus serviços, uma vez habilitado e devidamente autorizado ou credenciado nos termos da legislação vigente.
O psicopedagogo tem como função identificar a estrutura do sujeito suas transformações no tempo, influências do seu meio nestas transformações  e seu relacionamento  com o aprender. Este saber exige do psicopedagogo o conhecimento do processo  de aprendizagem e todas as suas inter-relações com outros fatores que podem influenciá-lo, das influências emocionais, sociais, pedagógicas e orgânicas. Conhecer os fundamentos da Psicopedagogia implica refletir sobre suas origens teóricas e entender como estas áreas de conhecimento são aproveitadas e transformadas num novo quadro teórico próprio, nascido de sementes comuns.
 O psicopedagogo deve ser um profissional com  conhecimentos multidisciplinares, pois em um processo de avaliação diagnóstica, é necessário estabelecer e interpretar dados em várias áreas. O conhecimento dessas áreas fará com que o profissional compreenda o quadro diagnóstico do aluno e favorecer a escolha da metodologia mais adequada, ou seja, o processo corretor, tendo em vista a superação das inadequações do aluno.
É necessário ressaltar também que a atualização profissional é imperiosa, uma vez que trabalhando com tantas áreas, a descoberta e a produção do conhecimento é bastante acelerada.  Na relação com o aluno, o profissional da psicopedagogia estabelece uma investigação cuidadosa, que permite levantar uma série de hipóteses indicadoras das estratégias capazes de criar a situação terapêutica facilitando uma vinculação satisfatória mais adequada para a aprendizagem. Ao lado deste aspecto mais técnico, esse profissional também trabalha a postura, a disponibilidade e a relação com a aprendizagem, a fim de que o aluno torne-se o agente de seu processo, aproprie-se do seu saber, alcançando autonomia e independência para construir seu conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta auto - valorização.
O profissional habilitado/pós-graduado em Psicopedagogia deve estar apto:
·         Possibilitar intervenção visando à solução dos problemas de aprendizagem tendo como enfoque o aprendiz ou a instituição de ensino público ou privado.
·         Realizar diagnóstico e intervenção psicopedagógica, utilizando métodos e técnicas próprias da Psicopedagogia.
·         Atuar na prevenção dos problemas de aprendizagem.
·         Desenvolver pesquisas e estudos científicos relacionados ao processo de aprendizagem e seus problemas.
·         Oferecer assessoria psicopedagógica aos trabalhos realizados em espaços institucionais.
·         Orientar, coordenar e supervisionar cursos de especialização de Psicopedagogia , em nível de pós-graduação, expedidos por instituições ou escolas, devidamente  autorizadas ou credenciadas  nos termos da legislação vigente.

* Em escolas:
·         Diagnosticar a escola.
·         Buscar a identidade escolar.
·         Definir os papéis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades, diante do aprender, Instrumentação de professores, coordenadores, orientadores,  e direitos sobre as práticas e reflexões diante de novas formas de aprender.
·         Reprogramar currículo, implantar  programas e sistemas avaliativos.
·         Oficinas  e vivencias com novas formas de aprender.
·         Análise de conteúdo e reconstrução  conceitual.
·         Releitura, ressignificação dos sistemas de recuperação e reintegração do aluno no processo.
·         Difundir papel da escola no diálogo com a família.

            * Em empresas:
·         Ampliar formas de treinamento.
·         Resgatar a visão do todo, as múltiplas inteligência.
·         Trabalhar a criatividade e os diferentes caminhos para buscar saídas.
·         Desenvolver o imaginário, a função humanística e dos sentimentos ao construir projetos e dialogar sobre eles.

* Em Hospitais:
·         Possibilitar a aprendizagem, o lúdico e as oficinas psicopedagógicas com os internos.

*  ÉTICA PROFISSIONAL
O psicopedagogo deve seguir certos princípios éticos que estão condensados no Código de Ética, devidamente aprovado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, no ano de 1996.
O Código de Ética regulamenta as seguintes situações:
·         os  princípios da Psicopedagogia;
·         as responsabilidades dos psicopedagogos;
·         as relações com outras profissões;
·         o sigilo;
·         as publicações científicas;
·         a publicidade profissional;
·         os honorários;
·         as relações com a educação e saúde;
·         a observância e cumprimento do código de ética; e
·         as disposições gerais.

Função do psicopedagogo

                                    Função do psicopedagogo
                                                        Margarida Maria Viana Sales


A partir da Lei Nº. 3124/97 do deputado Barbosa Neto que regulamentou a profissão do Psicopedagogo  no Brasil e cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de  Psicopedagogia, que se tem conhecimento da importância deste profissional que veio para auxiliar na identificação e resolução dos problemas do processo ensino-aprendizagem.
O Psicopedagogo atualmente, legalmente capacitado está apto  a lidar diretamente com as dificuldades de aprendizagem, recebe e detém  um corpo de conhecimentos científicos articulados das várias áreas aliadas à Psicologia e a Pedagogia, podendo exercer sua profissão por  todo Brasil em clinicas e instituições que necessitam de seus serviços, uma vez habilitado e devidamente autorizado ou credenciado nos termos da legislação vigente.
O psicopedagogo tem como função identificar a estrutura do sujeito suas transformações no tempo, influências do seu meio nestas transformações  e seu relacionamento  com o aprender. Este saber exige do psicopedagogo o conhecimento do processo  de aprendizagem e todas as suas inter-relações com outros fatores que podem influenciá-lo, das influências emocionais, sociais, pedagógicas e orgânicas. Conhecer os fundamentos da Psicopedagogia implica refletir sobre suas origens teóricas e entender como estas áreas de conhecimento são aproveitadas e transformadas num novo quadro teórico próprio, nascido de sementes comuns.
 O psicopedagogo deve ser um profissional com  conhecimentos multidisciplinares, pois em um processo de avaliação diagnóstica, é necessário estabelecer e interpretar dados em várias áreas. O conhecimento dessas áreas fará com que o profissional compreenda o quadro diagnóstico do aluno e favorecer a escolha da metodologia mais adequada, ou seja, o processo corretor, tendo em vista a superação das inadequações do aluno.
É necessário ressaltar também que a atualização profissional é imperiosa, uma vez que trabalhando com tantas áreas, a descoberta e a produção do conhecimento é bastante acelerada.  Na relação com o aluno, o profissional da psicopedagogia estabelece uma investigação cuidadosa, que permite levantar uma série de hipóteses indicadoras das estratégias capazes de criar a situação terapêutica facilitando uma vinculação satisfatória mais adequada para a aprendizagem. Ao lado deste aspecto mais técnico, esse profissional também trabalha a postura, a disponibilidade e a relação com a aprendizagem, a fim de que o aluno torne-se o agente de seu processo, aproprie-se do seu saber, alcançando autonomia e independência para construir seu conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta auto - valorização.
O profissional habilitado/pós-graduado em Psicopedagogia deve estar apto:
·         Possibilitar intervenção visando à solução dos problemas de aprendizagem tendo como enfoque o aprendiz ou a instituição de ensino público ou privado.
·         Realizar diagnóstico e intervenção psicopedagógica, utilizando métodos e técnicas próprias da Psicopedagogia.
·         Atuar na prevenção dos problemas de aprendizagem.
·         Desenvolver pesquisas e estudos científicos relacionados ao processo de aprendizagem e seus problemas.
·         Oferecer assessoria psicopedagógica aos trabalhos realizados em espaços institucionais.
·         Orientar, coordenar e supervisionar cursos de especialização de Psicopedagogia , em nível de pós-graduação, expedidos por instituições ou escolas, devidamente  autorizadas ou credenciadas  nos termos da legislação vigente.

* Em escolas:
·         Diagnosticar a escola.
·         Buscar a identidade escolar.
·         Definir os papéis na dinâmica relacional em busca de funções e identidades, diante do aprender, Instrumentação de professores, coordenadores, orientadores,  e direitos sobre as práticas e reflexões diante de novas formas de aprender.
·         Reprogramar currículo, implantar  programas e sistemas avaliativos.
·         Oficinas  e vivencias com novas formas de aprender.
·         Análise de conteúdo e reconstrução  conceitual.
·         Releitura, ressignificação dos sistemas de recuperação e reintegração do aluno no processo.
·         Difundir papel da escola no diálogo com a família.

            * Em empresas:
·         Ampliar formas de treinamento.
·         Resgatar a visão do todo, as múltiplas inteligência.
·         Trabalhar a criatividade e os diferentes caminhos para buscar saídas.
·         Desenvolver o imaginário, a função humanística e dos sentimentos ao construir projetos e dialogar sobre eles.

* Em Hospitais:
·         Possibilitar a aprendizagem, o lúdico e as oficinas psicopedagógicas com os internos.

*  ÉTICA PROFISSIONAL
O psicopedagogo deve seguir certos princípios éticos que estão condensados no Código de Ética, devidamente aprovado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, no ano de 1996.
O Código de Ética regulamenta as seguintes situações:
·         os  princípios da Psicopedagogia;
·         as responsabilidades dos psicopedagogos;
·         as relações com outras profissões;
·         o sigilo;
·         as publicações científicas;
·         a publicidade profissional;
·         os honorários;
·         as relações com a educação e saúde;
·         a observância e cumprimento do código de ética; e
·         as disposições gerais.

curriculum

CURRÍCULUM VITAE
                                 Margarida Maria Viana Sales                                                                                                 
Fones: (85)34953149/(85) 96544347/85263449  
Rua: Araibóia, 193 – Parangaba – Fortaleza - CE
E-mail: margaridavianas@hotmail.com


Identificação

Naturalidade: Aratuba – CE
Nacionalidade: Brasileira
Estado Civil: Casada
Data de Nascimento:1952
Filiação:
            Pai: Gerardo Martins Viana
            Mãe: Cacilda Matos Viana
Objetivo

          Atuar na área educacional,  no assessoramento psicopedagógico institucional e clínico, em gestão escolar, e formação dos docentes em busca da qualidade de ensino, tendo o discente como ator-chave do processo ensino aprendizagem.
Resumo profissional

          Sólida experiência na área da educação em redes privada e pública, em sala de aula, Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica, com excelente desenvolvimento na área e resultados satisfatórios, através de Projetos Pedagógicos para a qualidade da educação 
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO

Curso de Formação de Coordenadores Escolar (60h/a)
Curso de Redação e Literatura Infanto Juvenil (40h/a)
Capacitação do projeto Pedagógico Qualidade na Educação I e II
Por Caminhos Diferentes na Alfabetização  Secretaria de Educação Básica –Aratuba e CEDEPE. (360hs) Encontro Pedagógico Aprender Brincando no Ensino Infantil – Secretaria de Educação Básica – Aratuba-Ce
Congresso de Educadores Norte & Nordeste                   
Educação e Ludicidade: Novas Tendências no Fazer Pedagógico – Instituto Prisma – Fortaleza – CE. (40h/a)


Cursos na Área de Gestão e Qualidade
Programa de Formação Continuada a Distância para Gestores e Técnicos da Educação / Curso de Extensão em Gestão Escolar (258h/a) -  UECE
Curso de Capacitação de  professores em Educação Especial – Instituto Prisma (120hs)

Outros Cursos

Curso de Gestão Pedagógica eficaz
Interação família escola
Curso A Nova Linguagem Artística na Educação Infantil

Formação Escolar
Curso Superior
Licenciatura Plena em Ciências Religiosa
Curso de Licenciatura Específica em História
Pós Graduação – Psicopedagogia Clínica e Institucional
Curso Pedagógico – 1974

Principais Experiências Profissionais

Instituto Matter Amabillis – Professora Polivalente – 3ª. Série do 1º. Grau menor – Junho de 1975 a Dezembro 1977.
Escola Jardim Pequenus Genius – Maraponga – Fortaleza – CE - Coordenadora Pedagógica – 1985 a 1991.
Centro Educacional Rainha da Paz – Maraponga – Fortaleza - CE Diretora Administrativa – 1992 a 1994
Educandário Nossa Senhora das Graças – Conj. São Cristóvão – Fortaleza – CE Coordenadora Pedagógica e Professora de Ensino Religioso– 1996 a 2000
Escola Luís Gervásio Colares – Distrito Pai João – Aratuba – CE - Diretora Escolar 2001 a 2004
E.E.M. José Joacy Pereira – (Professora do 1º. Ano do Ensino Médio) - Sede - Aratuba – Ce  2001 e 2002
Escola Rural dos Fernandes – Aratuba – CE - Coordenadora  Pedagógica – 2005 e 2006
CEI Nelly de Lima e Melo – Sede– Aratuba – CE. Coordenadora Pedagógica - 2007 e 2008
Coordenadora Municipal do Eixo de Educação Infantil - PAIC  – Aratuba - CE 2007 e 2008.
Formadora de professores da Educação Infantil – Aratuba – CE - (Eixo da Educação Infantil) - 2007 e 2008.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010



                    PERGUNTE E RESPONDEREMOS
                                     

 



     


                                                 




 PERGUNTAS SOBRE MARIA, A MÃE DEJESUS.


São muitas as questões que são levantadas sobre a vida de Maria e sua condição de ser a Mãe de Jesus.
A Igreja Católica Apostólica Romana defende Maria através de dogmas de FÈ, mesmo porque pouco se fala Dela nos Evangelhos.
O protagonista de um dos Evangelhos Apócrifos, escreve sobre Maria, seu nascimento, seu sofrimento ao pé da Cruz e sua vitória  sobre a Morte.
Ora, se os fatos não existissem, se não se vivesse o tempo no tempo, não existiria História para se contar. Com Maria não foi diferente. Alguém (muitos) estiveram com ela, mesmo porque depois que Jesus foi morto na cruz, e dado o fato de sua ressurreição, Maria já não tinha mais José seu esposo, pois já havia morrido, portanto quase não tem referências sobre o mesmo nos Evangelhos, e no inicio do cristianismo a atenção uns com os outros era uma constância, principalmente Maria que pelo que consta estava ao pé da cruz e Jesus a entrega a João seu discípulo amado, mesmo sendo um estranho pois não lhes tinha nenhum parentesco, (Jo 19,25-27 “o qual, a partir desta hora, recebeu-a em sua casa”). Se Maria tivesse outros filhos não haveria necessidade de entregá-la aos cuidados de alguém. Portanto Jesus a confiou ao discípulo que ele mais amava.
Maria a esposa do Espírito Santo jamais cometeria adultério contra seu esposo, pois foi essa uma das condições do seu SIM. Pois não foi qualquer mulher que deu esse SIM, precisava ser certo, integro, puro até a eternidade, pois Ela foi criada no seio do Pai desde antes, desde o Édem quando Adão e Eva comprometem a humanidade à condição de pecado, Maria a nova EVA a AVE cheia de graça já havia sido concebida no seio do Pai, que imediatamente por excesso de AMOR paternal projeta resgatar a humanidade toda.
Um outro ponto importante, Jesus como filho amado de Maria, ressuscitou entre os mortos, seu amor por sua Mãe jamais a deixaria ser corrompido pela morte. Pensemos  bem, se  Elias foi arrebatado aos Céus que eram apenas servo de Deus, quanto mais Maria que além de ser Serva, é a Mãe do Salvador, a Protagonista do Evangelho, sem Ela, sem o seu SIM, Jesus teria vindo de outra maneira, mas esta foi a maneira como o PAI projetou e realizou. Maria foi elevada aos Céus pelos Anjos, assim como Elias foi arrebatado com o Carro de Fogo. Os Apóstolos jamais inventariam uma história que não fosse verdadeira.
            É compreensível que a FÉ dos que ficaram, e aí estão, e permanecerão por todos os tempos, seja tão pouca como a de Pedro, que não acreditou que pudesse andar pelas águas sem se afogar, que não acreditou que negaria a Jesus por três vezes consecutivas, como Tomé que não acreditou que Jesus havia ressuscitado dentre os mortos, foi preciso tocar-lhe com as mãos.
Por que então essas perguntas, que não nos levam à salvação, nos levam a especulações e perca de tempo em AMAR como Jesus amou e a dizer o SIM que Maria pronunciou quando foi escolhida, a cantar o Magnífica, reconhecendo-a como a Bem aventurada entre todas as criaturas e proclamada de geração em geração, desde antes ao sempre, por ter sido  a virtude das virtudes, a sabedoria da sabedoria, o AMOR do AMOR permitindo que o Verbo se fizesse carne e habitasse entre nós, e mais importante porque nela “o Todo Poderoso fez grandes coisas em” SEU “ favor. Seu nome é Santo e sua misericórdia perduram de geração em geração, para aqueles que o temem.”(Lc 1,49-50). Se o próprio Espírito Santo revela isto em Maria, quem somos nós para duvidar das grandezas de Deus. Pois temer a Deus não é ter medo dele, mas Amá-lo com tamanho amor, amor incondicional que não duvida de suas ações sobre cada um de nós, e principalmente sobre os que ELE confiou a missão de resgatar - nos.

            Aqueles que não crêem, perguntam:
                         
1-       Será que Maria teve outros filhos?

2-       Será que Maria foi realmente assunta ao Céu? Ou morreu e só vai ressuscitar como os outros seguidores de Cristo?



3-       Qual a situação de Maria?

a)       Mãe de Jesus?

b)       Seguidora de Jesus?

c)       Uma mulher como outra qualquer?

d)      Como se apresenta no Evangelho?
                                                                                                                    
Para que essas dúvidas sejam esclarecidas;  para aqueles que amam verdadeiramente não duvidam, pois a Palavra de Deus é luz, é lâmpada para os nossos olho,
  Marcelino de Coimbra lança um transcrito do folheto da Revista Bíblica Brasileira Pe. Caetano Tilesse, em sua Edição Trimestral – sobre algumas respostas a essas perguntas que valem a pena serem revistas e ressaltadas com o objetivo de esclarecer que a FÉ não  é algo que se cria com respostas a perguntas, mas se tem por AMOR.
“Se Jesus foi o único Filho de Maria, porque vemos tantas passagens que se referem aos irmãos de  Jesus?” A palavra irmãos  consta na Bíblia com vários significados tais como: primo, parentes, pessoas de uma mesma nação, clã ou tribos, aliados, políticos, discípulos e outros.
Convém salientar que no hebraico e no aramaico não existem palavras específicas para indicar o parentesco como: primos, cunhados, tios, avô, neto, todos eram chamados de irmãos, podemos ainda mais especificamente no AT ,os irmãos profetas, Isaac, Israel ( Jacó, o povo eleito, nação consagrada, esposa de Javé, servo de Javé, povo de duras cerviz, povo verdadeiro ), no NT os cristãos, os irmãos de Jesus. Quando queriam ter uma precisão de parentesco, recorriam a árvore genealógica e por meio de trocadilhos como um jogo de palavras diziam que fulano era primo de beltrano, como vemos na própria genealogia de Jesus, (Mt 1, 1-16) a começar por Abraão encerrando em José filho de Jacó.
             Um outro exemplo bem nítido é quando se faz referência a LOT  irmão de ABRAÃO, e no entanto  LOT filho de Labann, é sobrinho de ABRÃAO, (Gen. 11, 27-31; 12, 5; 13, 8); e LABÃO é tio de JACÓ, também chamado de irmão, (Gen 24,29; 28, 2; 29,15); NAAB e ABIÚ são chamados irmãos de MIZAEL e ELISAFON, sendo primos em segundo grau, ( Lv 10,1-4; Ex 6,18.22-23).
            Portanto como percebemos não existe nenhum motivo para dizer que Maria teve outros filhos. Os Evangelhos de Jesus Cristo não atestam nenhuma condição que se afirme isso, era necessário apenas uma indicação que fosse de maneira bem clara, que um dos irmãos de Jesus nascera de Maria de Nazaré, por exemplo “fulano” filho de Maria a Mãe de Jesus de Nazaré ou ainda, “fulano” filho de Maria esposa de José, ou qualquer outra maneira que viesse apontar a maternidade de Maria antes ou depois de Jesus, mas nada atesta esta hipótese ou afirmativa.
            A confusão se faz para alguns, quando das citações referentes aos dois TIAGOS, ambos Apóstolos, Tiago Maior e Tiago Menor. São Paulo em sua Carta aos Gálatas 1,19 diz: “ Não vi nenhum dos apóstolos a não ser Tiago, “irmão do Senhor”. Seria de fato esse Tiago filho de Maria desposada com José? Vejamos o que afirma a Bíblia nas diversas passagens no que faz referência aos dois Tiagos e de quem realmente são filhos: Tiago Menor, filho de Zebedeu e Tiago Maior, filho de Alfeu, também chamado Cleófas.
            Vejamos detalhadamente o desenrolar dessa confusão, feita pelos que querem gerar conflitos desnecessários com a Palavra de Deus, que no contexto bíblico é bem clara e VERDADEIRA.
Mateus  diz o seguinte, de:
Mt 4, 21 - TIAGO MAIOR – “ Um pouco adiante viu dois outros irmãos; TIAGO FILHO DE ZEBEDEU, IRMÃO DE JOÃO...”
Mt 10,2  - TIAGO MENOR   “São  estes os nomes dos apóstolos: Primeiro, Simão chamado Pedro...TIAGO, FILHO DE ZEBEDEU... Mateus, Tomé e TIAGO, FILHO DE ALFEU...” Por estas passagens, vê-se logo que ZEBEDEU é Pai de Tiago Maior e ALFEU, PAI DE TIAGO MENOR. Basta se ter mais atenção ao ler os Evangelhos cujas narrativa da morte de Jesus no calvário, são bem claras quando diz que ZEBEDEU, era o esposo de Salomé e ALFEU OU CLEÓFAS, esposo de MARIA DO CALVÁRIO OU MARIA CLEÓFAS, irmã de MARIA, MÃE DE JESUS.
            Mateus e Marcos falam de outro irmão de Jesus, JOSÉ, ao descreverem a morte de Jesus na cruz: “ Entre elas estavam Maria de Magdala, Maria MÃE DE TIAGO, O MENOR, E DE JOSÉ, e a Mãe dos filhos de ZEBEDEU” (SALOMÈ)  (Mt 27,56; Mc 15,40-41). “Também ali estavam algumas mulheres... entre elas, Maria de Magdala, MARIA MÃE DE TIAGO, O MENOR E DE JOSÉ  e Salomé.” Portanto se José é irmão de Tiago, o menor, ambos são filhos de MARIA, mulher de CLEÓFAS, são simples PRIMOS  de Jesus, pois sua MÃE, MARIA DO CALVÁRIO, era irmã de MARIA DE NAZARÉ,  mãe de Jesus.
            No que se referem ao um outro irmão de Jesus Lucas é bem claro em sua citação e ainda na própria carta de Judas, é correlato; não existe nenhuma possibilidade de estes que dizem; serem filhos de Maria Mãe de Jesus. A Bíblia narra que há dois Judas, “TADEU” e o “ISCARIOTES” o traidor. Em Lc 6,15-16 “TIAGO, filho de ALFEU  e SIMÃO, o Zeloso; JUDAS, IRMÃO DE TIAGO e Judas Iscariotes que veio a ser traidor” . e ainda nos Atos dos Apóstolos 1,13  não se põe nenhuma dúvida:
“Estavam lá, Pedro, João... TIAGO, filho de Alfeu, Simão, o Zeloso e JUDAS, IRMÃO DE TIAGO”.  
            Judas mesmo ao iniciar sua Epístola declara ser IRMÃO DE TIAGO: Judas 1,1 “Eu Judas, servo de Jesus e IRMÃO DE TIAGO”...
            Maria adotou os irmãos de Jesus como filhos seus, é tanto que no dia de Pentecostes ela não os abandonou, permaneceu junto em oração, esperando os acontecimentos, pois tudo guardava em seu coração. At 1,13-14. “Tendo entrado na cidade, subiram à sala superior, onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Felipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, e Simão, o Zelota; e Judas, filho de Tiago. Todos estes, unânimes, perseveram na oração com as mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos dele.”
Observa-se que em algumas Bíblias com TEB, AVE MARIA, JERUSALÉM... a palavra referente a “Judas filho de  Tiago” e em outra diz “Judas irmão de Tiago”, nos faz acreditar mais ainda no que se afirma sobre os significados das palavras, quer seja em aramaico ou em hebraico tem o mesmo sentido = irmãos.
            Assim sendo pode-se concluir que se Paulo ao escrever suas cartas destina-as aos irmãos, por serem estes cristãos, porque não, Maria    sendo a Mãe de Jesus e Jesus tendo tantos irmãos, pois assim os considerava, fosse de sua nação, ou seus parentes como eram os costumes hebraico ou aramaico, poderia ter tantos filhos como Abraão, que sendo um servo fiel, recebe a bênção de ser uma grande nação. Maria sendo a mãe de Jesus  que resgata a humanidade tornando todos irmãos, unânimes numa mesma fé, num mesmo amor, numa mesma pátria celeste.

            Quem mais foi tão fiel a Deus quanto Maria?


Nota- Não filhos de MARIA, mas parentes próximos, são por exemplo, primos, que o hebraico e o aramaico também chamavam “irmãos”( Gn 13,8; 14,16; 29,15; Lv 10,4; 1Cr 23,22s). Veja também Mt 13, 55p; Jo 7,3s; At 1,14; 1Cor 9, 5; Gl 1, 19.