terça-feira, 25 de janeiro de 2011

REALIDADE SOCIAL, PASTORAL, ECLESIAL QUE LEVANTAM OS QUESTIONAMENTOS E DESAFIOS À COMPREENSÃO E VIVÊNCIA DA FÉ

       
            É sobre a ótica dos Evangelhos que se vê as realidades vividas por Jesus Cristo,  levando a termo os tempos preparatórios inaugurando aqui na terra o estado de coisas anunciadas pelos oráculos de JAVÉ através dos tempos, em que realidades se conturbavam em meio ao Povo de Deus.
            Todo o discurso escatológico de Jesus Cristo está voltado para o contexto social, pastoral, eclesial, que questionava as realidades da época.
            Suas palavras, suas atitudes, mesmo em sua imanente forma humana deixa-se revelar aos homens como sendo o próprio Filho de Deus Pai e que estava ali para cumprir sua missão messiânica, testemunhar sua fé viva no Pai que o enviara para salvar a humanidade. da escravidão.
            Em Mateus, Marcos e Lucas, seu discurso apocalíptico tem uma conotação, por sua forma e seu conteúdo, mesmo estando inserido numa obra não apocalíptica, tem um elemento essencial: o anúncio da destruição do templo (Mt 24,14; Mc 13, 10; Lc 21 ); a perseguição e testemunho, o julgamento de Jerusalém, a vinda do Filho do Homem; a aproximação do Reino de Deus. Mas antes que tudo acontecesse era preciso que o Evangelho fosse pregado. Jesus exorta e pede vigilância e oração para que se mantenham firmes na Fé. (Lc 22).
        Esta dimensão de Fé  é que   mantém até os dias atuais sua Igreja infalível, marcando uma presença real do Céu na Terra sob a presença atuante da Santíssima Trindade, e toda a corte celeste, com seus anjos e santos como é confessado na Profissão de Fé dos Apóstolos.
            É preciso levar em consideração a discussão em torno de Jesus, tendo como base a  literatura profética incorporada no AT com muitos temas e motivos sapienciais que despontou a partir de uma perspectiva social dando origem aos textos das Sagradas Escrituras, que nivela tudo como “Palavra de Deus” sem nenhuma distinção, situando-a dentro de um contexto sócio-político, cultural e ideológico.
            Para um conhecimento mais profundo dos questionamentos e desafios vivenciados por Jesus Cristo, descrever um pouco de sua realidade profética seguindo os passos narrados pelos Evangelistas: Mateus, Marcos, e Lucas, que mantém um paralelismo sinótico dos acontecimentos vivenciados pela Fé em Deus Pai – Javé, que  morre na cruz mas ressuscita dentre os mortos para viver plenamente na Igreja perpetuada ao longo da caminhada da humanidade.
Jesus Cristo, obra prima de Deus – Imagem visível do Pai; Jesus é a Sabedoria de que fala o AT. Tudo foi feito por NELE e por ELE.
Jesus leva a seu termo os tempos preparatórios ( Mc 1,15) e inaugura aqui na terra o estado de coisas anunciadas pelos oráculos proféticos (Mt 11,4ss; Lc 4,7ss). Assim sendo toda Escritura Sagrada perpassa sob o regime da primeira Aliança que obtém sua significação definitiva nos atos realizados por  Jesus, nas instituições que estabelece, no próprio drama de perseguição que ELE vive.
Os judeus esperavam os dias do Messias  e que  nesses dias acontecessem grandes prodígios ou pelo menos iguais aos do êxodo, e ligados a fantásticas vitórias sobre os pagãos ( 1Col 1, 22). Mas Jesus os decepciona em seu aspecto carnal, pois esperavam um grande Rei e se lhes apresenta um Jesus filho de carpinteiro que tem sua preferência: o pobre, o sofrido, o oprimido pelos poderosos. E para que se cumprisse o oráculo de Javé no AT, Jesus inaugura a verdadeira salvação por seus milagres, e fazendo-a presente por seu “êxodo” (Lc 9,31) pelo grande sinal ( Jô 12,33) o da sua morte na cruz. Sinal eficaz que soergue multidões (Lc 29,34) e congrega os dispersos (Jo 11, 52).
A exemplo dos profetas ( Is 29,13) e dos sábios (Si 1,28s; 32,15; 36,20), mas com um vigor inigualável, Jesus pôs a  descoberta, as raízes e as conseqüências  da hipocrisia , visando especialmente os que constituíam a “intelligentsia”, escribas, fariseus e doutores da Lei, cuja conduta não exprime os pensamentos do coração, tornando-se cegos ( Mt 23,23 e 23,26)  que além de enganar aos outros enganavam-se a si próprios por esta cegueira vista por Jesus.
Em uma sociedade corrompida, onde o pacto com a antiga aliança já havia rompido por causa de práticas diversas de desamor, injustiças, infidelidade e desconhecimento de Deus, mediante a toda uma situação de destruição, Jesus veio até o Povo de Deus , primeiro como um gesto de Amor do Pai, depois dos profetas e das promessas do AT, “lembrando-se da misericórdia” (Lc 1,54s; Heb 1,1s). Deus se dá a conhecer (Jo 1,18) , manifesta o seu amor (Rm 8,39), está se realizando a Nova Aliança. Jesus veio por inteiro na sua Missão “ Messiânica” restaurar o que estava corrompido: a Antiga Aliança do Pai. Muitos foram os desafios enfrentados por Jesus, o mundo outra vez está mergulhado nas trevas, mas sendo ELE depositário, revestido da autoridade do Pai, não se intimida ante as autoridades judaicas, reivindica  sua qualidade de “Filho do Homem” (Mt 26,63p). Diante da autoridade política, mantém-se sereno, chega a reconhecer a competência de César (Mt 22, 21p), sem fechar os olhos às injustiças dos “representantes da autoridade”  (Mt 20, 25; Lc 13,32). Em frente a Pilatos não discute seu poder de origem divina, mas  põe em relevo a iniquidade de que é vitima ( Jo 19,11) e reivindica sua própria realeza que não é deste mundo (Jo 18,36).
Jesus não é simplesmente um sábio de grande experiência; é aquele que vive plenamente a  bem-aventurança que propõe ( Mt 5,3-12) a plenitude da felicidade cristã, e em Lc 6, 20-26 são acopladas com verificações de desgraça, encominando o valor superior de certas condições de vida. O ser manso e humilde de coração (Mt 11, 29) é realizado em Jesus como sua profunda aspiração de felicidade.
            Em Jesus o Céu está presente na terra, é neste Reino que  a mensagem do AT desmascara a idolatria, revela a dimensão do ágape e a vida futura descobrindo toda a loucura do cobiçoso (Lc 12,13-15).
            Sua pedagogia é a educação da Fé, é no cotidiano  que Jesus  dá seu ensinamento, confessa que é o Cristo e modifica comportamentos (Mt16,21). Leva seus contemporâneos  a identificar sua pessoa e o Reino anunciado ( Mt 4,17), suscita questionamentos a seu respeito através dos ensinamentos dado com autoridade (Mt 7,28s;  Mc 1,27) e  por seus milagres (Mt8,27; Lc 4,36); ministra seus ensinamentos conforme os ouvintes que o acolhem (Mt 13, 10-13.36), até que tenham compreendido (Mt 13,51).  Faz os discípulos realizarem a própria impotência e tira dos pães a lição do entendimento (Mt 14,15-21; 16,8-12), fazendo-os prestar contas do trabalho efetuado (Mc 6,30; Lc 10, 17). quando é reconhecido revela seu mistério, lamentando a falta de Fé dos seus discípulos, mas justifica seu fracasso (Lc17,19s) causado pela inveja do grupinho (Lc 20,24-28), mantendo sua postura de educador, sempre com lições de Amor.
Contudo ELE aparece às massas como um Doutor, ensinando nas sinagogas (Mt 4,23p; Jo 6, 59), no templo (Mt 21,23p; Jo 7,14), por ocasião da festas (Jo 8,20). Cotidianamente (Mt 26,25), fala e age como profeta, ou ainda apresenta-se como interprete autorizado da Lei, sendo que a leva à perfeição (Mt 5,17).
            O grande segredo de sua atitude está na diferença dos doutores oficialmente habilitados, só  diz o que o Pai lhe ensina ( Jo 8,28) segundo a ordem dos profetas, torna-se dócil ao ensinamento de Deus ( Jo 6,44s). Escatologicamente Jesus sendo o próprio sinal de contradição, quer realiza a aliança em torno dos pobres e pequeninos (Mt 10,42),  o elo de união mais precioso que tudo, é a fé n’Ele  (At 19,4; Jo 1,7) . Essa Fé que vem de Deus (Mt 11,25p; 16,17) é partilhado pelas nações ( Mt 8, 5-13p; 12, 38- 42p).    As profecias do AT se cumprem em Cristo Jesus.
            Jesus Cristo é igualmente o novo Templo. Depois de Jeremias (Jr 7,12-15), Jesus profetiza a destruição do edifício magnífico, orgulho de Israel, que se tornou um  “antro de ladrões”  (Jr 7,11; Mt 21,12) e a restauração em três dias. Em Jo 2,19-22  fala de sua morte e ressurreição, onde o templo é seu próprio corpo que ressuscitará ao terceiro dia de sua paixão e morte na cruz.
            Na sua missão profética Jesus  além de denunciar os erros de seus contemporâneos,  adverte  contra os falsos profetas , prevê o final dos  tempos ( Mt 24, 5 .11. 24), e a sua vitória sobre o Anticristo e os falsos profetas, que serão atirados ao fogo (Ap 19,20; 20,3.10).
            Constata-se que as situações de crise não somente econômica e política são também culturais, provocando uma releitura das promessas que tem a ver com o fim do mundo e o advento do novo mundo, em que as grupos agora marginalizados, oprimidos, perseguidos, “únicos fiéis a Deus”, serão salvos pelo Filho do Homem, que revela o que vai acontecer e que as promessas do Pai realmente se realizarão.
            Na busca dessa compreensão, os dias atuais em que o mundo com sua era tecnológica e globalizada, não tem como desconsiderar a visível atuação de Jesus Cristo através do seu Espírito Santo bem atuante na Igreja e em meio ao Povo escolhido de Javé.
            Mudaram os tempos, mas as situações são as mesmas:
·         As tensões internas da tradição doutrinal da cristologia (generalização antropológica)
·         As pesquisas histórica sobre Jesus ( investigação histórica);
·         O fato de que é o próprio Jesus histórico que impede a manipulação de significação de Jesus em uma cristologia abstrata e alienante;
Jesus é o testemunho de Fé. Por seu exemplo, se abre a possibilidade de fazer o que ELE fez. A liberdade que Jesus assumiu com autoridade, e a liberdade que ele deu com autoridade estão intimamente unidas a todos os tempos.




                                                           Marrgarida Maria Viana Sales
                                                      Teologa/Psicopedagoga/Porfa.História
                                                                                 2010

A ATUAÇÃO PROFÉTICA DE JESUS CRISTO

           A pregação de Jesus (= anúncio do Reino) nos remete a  reencontrar o Jesus da História e compreender sua história e o contexto em que realiza sua missão profética messiânica.
            Não é interessante ter como ponto de partida a análise da situação sócio-econômica - política e religiosa da Palestina em sua época, mas sobretudo ter como referência básica a compreensão de sua prática profética como uma orientação para a vida  cristã.
Como toda prática humana, a de Jesus não representa um começo absoluto, pois teve de intervir em um campo minado por conflitos já existente integrando-se a um conjunto social bem amplo presentes em seu tempo. Jesus é uma pessoa inserida na realidade social do seu tempo vivida por um povo oprimido e de tamanha miséria ( Mt 9, 36). Jesus se encarnou por causa do Reino, foi perseguido e morto por causa do Reino.
            Tomamos por referência  a luta e o movimento popular do qual fazia parte: o perdão das dívidas (Mc 1,4.15); a retomada do ano jubilar, o ano da Graça do Senhor  (Lc 4, 19); a questão da terra que se tornou propriedade Romana, e o anúncio do Reino aos pobres (Lc 4,18; Mt 11, 15;Lc 1,46-56) e o próprio sistema que excluia os pobres da salvação, pois eram  tidos como impuros (Mc 7, 1-23; Jo 7, 49).
            Jesus sofre com os seus e toma como conseqüência prática:  perseguição e morte.
            Em torno de Jesus aparece por assim dizer um profetismo representado por Zacarias (Lc 1,67); Simeão (Lc 2, 25ss); a profetiza Ana (Lc2,36) e sobretudo  João Batista, sua presença se fez necessária para que se sentisse a diferença profética de Jesus Cristo.
            Todos os profetas de outrora traduzem a Lei vivida ( Mt 14,4; Lc 3, 11-14) e o anúncio da ira e da salvação se distinguem profeticamente (Mt 3, 2.8) e se dá a conhecer distintamente (Jo 1, 26. 31).
            Pelo contexto dos Evangelhos e os escritos neo-testamentários tem como ponto de partida o memorável acontecimento: o nascimento de Jesus.
            Com efeito e certeza dos Evangelhos de  Mt 2,1-15 e de Lc 1,5 que Jesus nasceu antes da morte de Herodes , o Grande, que pela História profana, caiu no inicio dos anos 750 de Roma, que corresponde ao  4º. da Era Vulgar. No ano precedente (indicado -5), se deu o nascimento de Cristo, embora não seja certo quantos meses se passaram da morte do tirano. Outra incerteza  é a duração da vida  pública de Jesus. A opinião que mais respeita os dados do texto evangélico é a que é fixada em dois anos e alguns meses. A esta atemo-nos ao seguinte quadro:

Ano
Acontecimentos
 Evangelhos
  -5
Nascimento de Jesus Cristo
Mt 2,1; Lc 2, 1-7

+ 8
Jesus perdido e encontrado no templo aos doze anos

Lc 2, 41-51

     28
Pregação de João Batista
Lc 3, 1-3
Batismo de Jesus e inicio de sua vida pública
Mt 3, 13-4, 17 e paralelos

    30
Paixão, morte e ressurreição de Jesus, com a descida do Espírito Santo, começa a pregação dos Apóstolos e constitui-se a Igreja primitiva
Mt 26,47-75; 27,1-66; 28,1-20; Atos, 2,1-4
(Mc e Lc)


No período de 4 a.C a 6 d.C, a Palestina vive   um  de extremo momento de violência, foram dez anos de revolta, de repressão, de massacres. No mesmo ano em que Arquelau se apresentou pela primeira vez , na Páscoa do ano 4 e provocou o massacre de 3.000 pessoas. Outras revoltas, como a de Séforis ocasionou a crucifixão de 2.000 rebeldes ao redor de Jerusalém, repressão brutal. È nesse contexto que nasce o movimento dos zelotas com forte espírito de rejeição aos romanos, com  resistência ao Império até a tomada de Jerusalém por Tito e a destruição do templo.
É nesse contexto  social de muita violência que nasce  e cresce Jesus Cristo e como todo judeu inicia-se em uma profissão, a de carpinteiro como seu pai José. ( Lc 2,52;  Mc 6, 1-6).
            Sob o império de César Augustus, por conta do recenseamento Jesus nasce  em Belém da Judéia, situada a 9 Km ao sul de Jerusalém, e para que se cumprissem as escrituras , Jesus nasce em uma manjedoura (estrebaria), após  uma longa caminhada de seus pais: José e Maria, da Galiléia até a Judéia (Lc 2, 1-7 ).
Jesus inicia seu ministério  público no momento em que o reino de Herodes o Grande, se divide. No décimo quinto ano de Tibério e morte de Augusto ( 19 de agosto de 767 de Roma = 14 d. C).
Jesus como o profeta do NT tem como missão exortar, edificar, consolar, se reduz à comunidade e sofre com a mesma. Renova os ensinamentos dos profetas revelando aos homens que Deus é deles Pai; devem pedir-lhes simplesmente: “Pai nosso, dá-nos hoje...” (Mt 6,11) “e que não se inquietem com o amanhã, nem tenham temores pela sua vida...” (Mt¨6,25-34; 10,28-31; Lc 6,34;12,22 – 32;21,18).
             O Messias  prometido inicia sua pregação pelo anúncio do Reino ( Mt 4, 23) e “a seguir, percorrendo  toda a Galiléia, ele ensinava em  suas sinagogas, proclamava a Boa Nova do Reino e curava toda doenças e enfermidades entre o povo”; as Bem-aventuranças  que ele prometeu aos pobres  e aos perseguidos, objeto de sua vinda (Mt 5,3-10; Lc 6, 20.23) , retoma por sua conta todas  as promessas do AT, promessas dum povo e duma terra, dum Reino, que ainda não cumpriu, por não ter chegado a hora, mas quem nele crer já o terá encontrado. (Jo 1,41.45).
            A grande promessa do Pai ( Lc 24,49), o Espírito Santo será dado por Jesus Cristo quando completar sua obra sobre a terra (Jo 17, 4), amar até o fim (Jo 13,1) dar seu corpo e seu sangue ( Lc 19, 30). Jesus  é Servo, Cordeiro de Deus. Carregando sobre a cruz pecados dos homens, ele transforma a tentação da blasfêmia em queixa filial e a absurda morte em Ressurreição (Mt 27, 46; Lc 23,46; Fp 2,8s)
            Enfim a última etapa de sua missão deverá abrir-se a última tentação e  agonia (Lc 22,20.46) vencendo o tentador até o fim (Lc 4,13), dando à humanidade a grande oportunidade de engajar-se na mais pura e verdadeira condição de filhos de Deus pela vocação filial (Lc 2,10-18).
            Em seu conteúdo messiânico, Jesus se utiliza da Lei: AT – para universalizar os mandamentos consagrando o mandamento  do AMOR: “Amarás aos outros mandamentos neste, senão  próximo como a ti mesmo”, ELE não só concentra os outros que o liga indissoluvelmente ao mandamento do Amor de Deus” (Mt 22,34-40p) e ainda especifica que deve-se amar aos adversários, e não só aos amigos (Mt.5,43-48)  quebrando assim pelo amor, todas as barreiras para atingir o próprio inimigo.
            Durante sua vida Jesus se apresenta a seus contemporâneos sob aparências  complexas : “profeta de penitência, mas, mais que profeta (Mt 12,41); “messias”, mas que deve passar pelo sofrimento do “Servo de Javé, antes de conhecer a glória do Filho do Homem” (Mc 8, 29ss); doutor mas não à maneira dos escribas ( Mc 1,21s).
Jesus mostra a responsabilidade de Jerusalém: os profetas de outrora foram assassinados, ele próprio será entregue, seus enviados também serão mortos.  O juízo de Deus só pode ser severo contra a cidade culpada: todo sangue inocente derramado aqui na terra desde o sangue de Abel recairá sobre esta geração ( Mt 23, 29-36). Judas (Mt 27,4) e Pilatos ( Mt 27, 24s) reconhecem que entregaram o sangue inocente mas não assumem a responsabilidade.
            No texto sobre o imposto de César (Mt 12,13-17) são grandes as controvérsias messiânicas (Mc 11,15-22,44), a atitude de Jesus é em defesa da terra (Mc 1,4; Lc 4,18-19) da soberania do povo e do nome de Javé. A terra é de Deus, portanto é do povo e não de César. Poderia ter feito de forma adversa do que fez, mostrando que não deveria pagar o tributo a César, pois assim está reconhecendo-o como deus e negando a divindade de Javé. Mas Jesus orienta-os dizendo: “daí a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus.” (Mc 12, 13 – 17)
            Um outro ponto importantíssimo é no caso do templo, como a lógica era a carga do sistema tributário, recaia sobre o povo a maior parte do pagamento de impostos ao Estado. romano e ao Templo (Mc 17,24-27)  que chegava a 60% da produção, razão esta  pela qual a população era tão pobre, e ainda a obrigatoriedade do dízimo dos pobres, para a manutenção dos sacerdotes levitas, motivo este para causa de muitas revoltas e de perseguição de todos que assumissem a defesa dos excluídos como é o caso de Jesus Cristo.
É neste contexto que entendemos a prática de Jesus, que se posiciona  contra as tradições criadas pelos homens para benefício próprio, e não como vontade de Deus (Mc 2,23-28; 7, 1-23) “ O homem não é para o sábado, mas o sábado é para o homem”. Se o homem fosse para o sábado, ocorreria um sacrifício humano a um ídolo que se chama sábado”.
A prática de Jesus, relatada pelas controvérsias sobre a Lei (Mc 2,1-3,6), revela seu confronto com as autoridades de seu tempo. Sua prática visa defender a vida, e em vista da vida , toda lei deve ceder. Esta liberdade de Jesus perante a lei, e sua autoridade ao ensinar (Mc 1,22) é que conduz Jesus o enfrentamento final com as autoridades do povo e  é levado à morte. É nestas controvérsias que encontramos  o conteúdo principal de seus textos que revelam sua liberdade polifônica e policrômica  diante da realidade social, diante das autoridades e diante da Lei, assim como sua autoridade, cujo poder advém de sua interação no movimento libertário de seu tempo. Tais atitudes revelam, em profundidade, sua pessoa ( seu ser), como a máxima REVELAÇÃO DE DEUS aos homens – mulheres - pobres, como portador do anúncio do Reino, rejeitado devido à incredulidade ( Jo 1,11).
            O cerne das controvérsias sobre a lei é a defesa da vida. Jesus, demonstra que a vida é dom mais precioso de Deus, a medição fundamental para o encontro com Deus. Por isso a vida está acima da lei. Deus não quer  que a observância do culto impeça a observância do humano, senão exatamente ao contrário. Assim sendo qualquer que seja o atentado contra a vida real dos seres humanos acaba sendo um atentado contra o próprio Deus, e Jesus mostra claramente várias vezes: em Mt 9,13 –“ comida com publicanos; Mt 12,7 -  as espigas arrancadas no sábado. Fazer a vontade do pai é praticar a justiça com os seres humanos, e não a prática do culto Mt 5,23.
            Portanto Jesus é reconhecido pelo povo como profeta (Jo 9,17; Mt 16,14; 21,11,46; Mc 6,15; Lc 7,16. 39; Jo 4,19) Era considerado líder popular,  aparece como a continuidade da linha profética de Israel, com o mesmo destino dos profetas, o martírio, a morte ( Lc 11,17-51; 13,34;Mt 23,37). Podemos tomar Jesus como testemunho fiel do Reino, aquele que por coerência, não se desviou do caminho (Mc 8, 27-11,8;Lc 9,51), mesmo que tentado pelas mais terríveis tentações (Mc 1,12-13; Mt 4,1-11; Lc 4,1-13; Mc 8,32; Jo 11,7-10). É o Jesus  profeta que fala até o fim sem medo, tornando-se perigoso para os perseguidores, seu testemunho provoca a perseguição e a morte de suas testemunhas por ser fiel ao Pai. ( Mc 12,12); Jo 7,30-44; 10,39; Mc 3,6; 11,18; Lc 4, 28-30; Jo 5,18; 8,59; 10,31; Mc 14,1-2. Sua principal missão anunciar o Reino de Deus, um Reino de Paz, justiça e solidariedade entre todos os povos..
            A denúncia profética de Jesus Cristo, parte da convicção de que o Deus que libertou Israel do Egito,  que fez a Aliança no Sinai, que acompanhou seu povo no deserto defendendo-o contra todos os perigos e contra os opressores que maquinam uma sociedade injusta gananciosa de poder que emana da corruptível vontade humana, é um Deus que não tolera o sofrimento  do ser humano que o criou para viver e praticar a justiça chegando a perdoar o opressor arrependido.


                                                                       Margarida Maria Viana Sales
                                                                Teologa/Psicopedagoga/Profa.História

REFLEXÃO SOBRE A ATUALIDADE DA PROFECIA CRISTO, NA MEDIDA EM QUE RESPONDE AOS QUESTIONAMENTOS E DESAFIOS QUE A REALIDADE ATUAL LEVANTA À FÉ CRISTÃ

Em Jesus tudo se cumpriu, as promessas e a esperança. Mas nós ainda estamos longe como comunidade de crentes. Podemos ver que as realidade ainda  continuam bem atuantes, a opressão, as injustiças, as tensões histórica, a manipulação do sentido cristológico parece estar em evidência muitos são os martírios que nos levam a questionar mediante aos desafios apresentados à Igreja de Jesus Cristo.
Esse mesmo Jesus Cristo que  é igualmente o novo Templo. Depois de Jeremias cuja profecia da destruição do edifício magnífico, orgulho de Israel, que se tornou um  “antro de ladrões”   e foi   restaurado em três dias, como uma forma de simbolizar que o Jesus o Templo Sagrado do Pai seria morto (destruído) e  restaurado em três dias (ressuscitaria em três dias), (Jo 2,19-22)
            Jesus continua através de Evangelhos escritos pelos apóstolos e a própria praticidade da Igreja a denunciar os erros dos governantes atuais,,  adverte  contra os falsos profetas , prevê o final dos  tempos ( Mt 24, 5 .11. 24), e a sua vitória sobre o Anticristo e os falsos profetas, que serão atirados ao fogo (Ap 19,20; 20,3.10).
            Percebemos que num mundo globalizado as situações de crise são na maioria dos casos de lógics econômica e política como também culturais provocando uma releitura das promessas que tem a ver com o fim do mundo e o advento do novo mundo, em que os grupos agora marginalizados, oprimidos, perseguidos, faltam com sua fidelidade a Deus”, porém já foram salvos pelo Filho do Homem, que se revela através do bem mais precioso deixado para todos os que querem a salvação: a Eucaristia, promessa cumprida do Pai e do próprio Jesus Cristo. Na busca dessa compreensão, os dias atuais em que o mundo com sua era tecnológica e globalizada, não tem como desconsiderar a visível atuação de Jesus Cristo através do seu Espírito Santo bem atuante na Igreja e em meio ao Povo escolhido de Javé.
            São muitos os desafios, seu movimento é essencialmente inclusivo, abrange a sociedade como um todo especialmente os pequenino que vivem em grande miséria. (Mt 25,31-46 (v. 40.45) os últimos da fila à procura de empregos  (Mt20,1-15 (v. 8.12.14) ou os incultos sem formação (Mt 11,25).
            Podemos citar alguns exemplos:
1-Os pobres – os economicamente descartáveis, desinteressante para a produção e o consumo.. Pessoas mal remuneradas, com baixa renda ou sem moradia – os mais necessitados ( Lc 221,1; 2 Cor.9,9)
2. as prostitutas e adúlteras – as mulheres marginalizadas socialmente e moralmente, sem voz e sem vez, e que na atualidade em que vivemos, dois mil anos depois da era cristã, a situação ainda é permanente, a mulher continua sendo espoliada, marginalizada pela casta machista de uma sociedade imanente. (Jo 8,1s; Mtu 21,31-32)
3- Os pecadores e  publicanos -  hoje as pessoas que ficam à margem da sociedade, considerados afastados da casa do Pai, como os divorciados, os filhos de mães solteiras, os gays, as mães solteiras, entre tantos.  Jesus os acolhe. ( Mc 2,15-17par; Lx 7,34; 15,1-2);
4- Os possessos – os estigmatizados socialmente – considerados como possuídos pelo diabo, hoje os chamados marginais, traficantes, assassinos, não só os que matam o corpo, mas existem os que matam a alma, precisam ser exorcizados por Jesus, Mc 5, 15; 7, 35; Lc 11,20).
5- Os samaritanos- são representados pelos estigmatizados por situações religiosas. (Lc 17,11s; 10,25s).
Estes poucos exemplos dá para nos colocar diante de uma reflexão desafiadora  que nos permite compreender o movimento de Jesus na sua essência includente, que ampara, defende e até mesmo enaltece àqueles que correm o maior risco de rejeição, discriminação e exploração social e religiosa. Podemos incorporar ainda os perseguidos (Mt 5, 10-12; os que choram e passam fome (Mt 5,4.6) os forasteiros e nus (Mt 25,38), os enfermos de todos os tipos (Mt 25,39); Mc 1,32-34), as crianças (Mc 9,33-27; 10, 13-16), as mulheres em geral, os leprosos ( Mc 1,32-34s), os gentios (Mt 8, 11-12). Quanto aos perseguidos atualmente, a Igreja é lavada pelo sangue de seus mártires. Desde sempre, o Reino de Deus é  acompanhado de sofrimento, dor,  por aqueles que a exemplo de Jesus toma as dores dos pequenos e oprimidos: Padre Josimo  Morais Tavares, (Março de 1986), entre tantos outros.
            Mediante a tantas situações ,podemos perceber nesse grande líder Jesus Cristo, como é querido pelo povo (Lc 11,27), manso, humilde (Jo 13,14-16), severo ( Mt24,4-33), compassivo (Mc 1,41), homem de oração, Filho de Deus, Messias e profeta ( Lc 24, 19b).
            Ele denunciou muitas coisas, os falsos profetas (Mt 7,15-20); aquele que dá esmola e anuncia o feito ( Mt 6, 2-4); o jejum dos hipócritas (Mt 6, 16);os escribas e fariseus (Mt 23, 1-36); a cidade de Jerusalém ( Mt 23,37; Lc 13, 34-35);Herodes Antipas ( Lc 13,31-33);o Templo de Jerusalém e a instituição religiosa que esse representava (Jo 2,13-21; Mc 13,1-4); os vendilhões do Templo; a discrimanção da mulher.
            Jesus apresenta várias soluções que viabilizam as mudanças nas estruturas sociais do seu tempo e dos tempos que virão, revelou o Reino materno de Deus (Lc 15,3-32):
            - arrepender-se e crer no Evangelho (Mc 1,15);
            - dar esmola e jejuar em segredo ( Mt 6,3-4.17);
            -abandonar-se à Providência ( Mt 6, 25-34);
            - não julgar  ( Mt 7);
            - rezar sempre ( Mt 6, 7-15);
            - cumprir a Lei ( Mt 5, 17-19);
            -curar os enfermos (  Mc 1,32ss)
            - implementar o reino de Deus ( Mc 1,14)
            - o julgamento final ( Mt 25,31-46)
            - a sua crucifixão como sinal de salvação ( Mc 8, 31-33);
- ter cuidado com as riquezas ( Mc 10, 23-27)
- despertar a consciência adormecida do povo, em relação aos fariseus, escribas, saduceus, Herodes, César (Mc 8,15; 12,38-40;Lc 13,31-32; Mt 7,15-20);
            - dar testemunho do Evangelho perante governadores e reis ( Mc 13,0-10);
- ter uma mística revolucionária ( Mt 5 1-12, );
- a destruição de Jerusalém ( Mc 13, 14-23);
- a destruição do Templo de Jerusalém ( Mc 13,1-3);
- fazer todos discípulos seus ( Mt 28, 19-20).
É notório  que a pessoa cristã  possui uma escala de valores norteada por dois princípios  fundamentais : o primeiro princípio: a) a fidelidade a Deus e combate a toda espécie  de idolatria , e b) a amor ao próximo e combater a tudo que lhe possa ser prejudicial ou desonrar a dignidade que lhe foi atribuída por Deus (Mc 12,28-34; Rm 13,8-10). O segundo principio se desdobra em dois sub-princípios:  como defesa da vida ( Mc 3,1-6; Jo  10,10), da verdade ( Jo  18,37), da igualdade, da  partilha, etc.  O exercício da cidadania materializa-se numa espiritualidade opositora ao projeto de  uma nova sociedade solidária, disposta a custo de perdas, perseguições e da própria vida (Mc 9,34-37; Mt 5, 10-12). O próprio exercício da cidadania é ver o mundo em sua realidade pelas lentes da Fé e com os raios da solidariedade de Cristo, renunciando as alianças baratas de grupos partidários políticos e governamentais
Trazendo para a realidade atual podemos dizer que a prática de Jesus ao defender a vida sobre o culto e a propriedade (Mc 2, 23-28), ao apresentar a Deus como o Deus da vida, estaria orientando que a sociedade  de hoje se organize a favor da vida  em especial pela vida dos pobres.
A experiência de Jesus Cristo é esclarecedora para todos os tempos, provoca a mudança de prática, a conversão através de seus ensinamentos que só ocorre a medida em que as pessoas estão dispostas a arcar com as perdas predispostas para certas renúncias ( Mc 8, 34-37; 10,28-29).
Esse mesmo Jesus obediente  ao Pai, e com  os mesmos objetivos salvífico e na condição de Filho de  Deus, sucede aos profetas como o último mensageiro de Deus, movido pelo Espírito Santo de Deus confirmando sua ação profética proferida: “O Espírito  do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19), apresenta soluções para um Reino de justiça, paz e liberdade e a esperança de  um novo tempo eternizado em  todos aqueles que Nele acreditam.
As perspectivas salvíficas estão fundamentadas  e bem detalhadas no Novo Testamento e nas realidades  que se apresentam na própria Palavra do Verbo que se fez carne e habitou entre nós, criando algo novo cujas exigências estão no compromisso visível realizado em Jesus Cristo,o Filho de Deus vivo, esse profeta messias que tem a função de juiz, o rei dos judeus, aquele que participa da realeza de Deus e que tem poder sobre os demônios e todos os elementos. Sobre ele os céus se abriram: ele que recebeu a sabedoria e a revelação de Deus, o Espírito Santo de Deus, com a condição de se manifestar de fato, em mensagens, palavras e ações, como o “verdadeiro profeta dos últimos dias” e anuncia a boa nova para a salvação dos oprimidos.


                                                           Margarida Maria Viana Sales
                                                     Teologa/Psicopedagoga/Profa. História

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A MISSA PARTE POR PARTE



            A Missa  sempre foi o centro da comunidade e o sinal de unidade por aqueles que recebem o mesmo Batismo, vivem a mesma fé e se alimenta do mesmo Pão, por isso rezam e cantam todos juntos.

           
Rezar em comunidade

Quando os Reis Magos se protraram para prestar sua homenagem para adorar a Jesus. Quem eles encontraram com Ele? Sua mãe a “Virgem Maria”, a primeira a adorá-lo a prestar culto, Jesus não estava sozinho, Deus quis a presença de Maria ali junto a Jesus, que sempre esteve presente em cada momento, em cada celebração.

Desde o momento em que Jesus nasceu a comunidade está presente para adorá-lo.      Podemos ver no próprio Evangelho:

                        MT 2, 11               Lc 2, 8-20

1Tm 2,8                   Mt 26, 39

O próprio Pai Nosso é uma oração comunitária, não podemos dizer Pai meu, nem quando rezamos sozinho.

Os gestos, o canto, os objetos em uma celebração litúrgica e tudo o que acontece tem seus significados, nada é por acaso ou inventado.

Comecemos pelos gestos

Sentado – posição cômoda para ouvir as leituras, a homilia e meditar. É a atitude de quem não tem pressa de sair.
De pé – posição de quem houve com atenção e respeito, indica prontidão e disposição para obedecer é a posição do orante.  (Mc 11,25/Ap 7,9)
De joelhos – Significa Adoração a Deus, posição comum diante do Santíssimo Sacramento e durante a consagração do pão e do vinho. ( Fl 2, 10/ At 9, 40)
Genuflexão – É o gesto de adoração a Jesus na Eucaristia. Fazemos quando entramos na Igreja e dela saímos, se ali existe Sacrário.
Inclinação – Inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito. É também adoração diante do Santíssimo Sacramento. Os fiéis podem inclinar-se para receber a benção solene.
Procissão – Simboliza a peregrinação do Povo de Deus para a casa do Pai. Na Missa podemos fazer diversas procissões se forem convenientes: na Entrada  do Presidente da Celebração, no Evangelho, no Ofertório, na Comunhão, etc.
Mãos levantadas – Significa súplica a Deus (1Tm 2, 8)
Mãos juntas -  Significam atitudes de  recolhimento interior, busca de Deus, fé, súplica, confiança e entrega da vida. É ainda de profunda piedade.
Prostração – Atitude própria de quem se consagra a Deus, como na ordenação sacerdotal. Significa morrer para o mundo e nascer para Deus com uma vida nova  e uma nova missão.
Silêncio – Ajuda o aprofundamento nos mistérios de fé “O Senhor fala no silencio do coração”. É oportuno fazer silencio depois das leituras, da homilia e da Comunhão, para interiorização do que o Senhor disse e também uma forma de meditar.
“Os gestos  e posições do corpo tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo devem contribuir para que toda celebração resplandeça...” “ Deve-se, pois, atender às diretrizes desta Instrução geral e da prática  tradicional do Rito romano e a tudo que possa contribuir para o bem comum espiritual do povo de Deus, de preferência ao próprio gosto ou arbítrio”. (DE VII, 42).
            O Decreto determina ainda que a posição do corpo de todos os participantes devem se observar um sinal de unidade dos membros da comunidade cristã, reunidos para a Sagrada Liturgia.


CANTO LITURGICO

            O Canto na Missa ou nas celebrações litúrgicas, tem um papel fundamental. indica que estamos a serviço do louvor a Deus e da nossa santificação.
            “O Apostolo Paulo aconselha os fiéis, que se reúnem em assembléias para aguardar a vinda do Senhor, a cantarem juntos, salmos, hinos e cânticos espirituais (Cl 3,16), pois o canto constitui um sinal de alegria no coração (At 2, 46). Por isso dizia santo Agostinho: “Cantar é próprio de quem ama”, e há um provérbio antigo que afirma: “Quem canta bem, reza duas vezes. (Dec. do Concílio Ecumênico Vaticano II, 39)
            Portanto o canto deve não só embelezar a Missa, mas também nos ajudar a rezar. E cada um deve estar em plena sintonia com o momento litúrgico que se celebra, a fim de que não se cante na Missa, mas que se cante a Missa.
           
O que é Rito Litúrgico?
            O Rito Litúrgico é o conjunto de prescrições que regulamentam as cerimônias na Igreja Católica Romana contidos nos livros litúrgicos católicos.

A MISSA DE DIVIDE EM :
           
1- RITOS INICIAIS

2- LITURGIA DA PALAVRA

3- LITURGIA EUCARÍSTICA

4- RITOS FINAIS


PRIMEIRA PARTE DA MISSA


1-      RITOS INICIAIS

Segundo o Decreto Ecumênico Vaticano II, são os ritos que precedem a liturgia
da palavra, isto é, a entrada, a saudação, o ato penitencial, Kirié, Glória e a oração do dia, que tem caráter introdutório e sua finalidade é fazer com que os fiéis reunidos em assembléia, constituam comunhão e se disponham a ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a eucaristia.

No sacrário está o corpo  e o sangue de Jesus Cristo. A luzinha acesa é o sinal da presença de Jesus, o Deus vivo. Por isso fazemos genuflexão, como sinal de adoração ao Senhor.
           
Se colocar diante da presença do Senhor minutos antes de começar a Missa para se desligar das preocupações que podem distrair muito importante, é um ato de fé. (Lc 19, 46)

CANTO DE ENTRADA

            Durante o canto de entrada, o padre que preside a Missa acompanhado dos Ministros (Acólitos) dirige-se ao altar, faz uma inclinação profunda, beija o altar em sinal de veneração e inicia a celebração com o sinal da cruz com a expressão “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” que tem um sentido Bíblico, significa que iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade..

ACOLHIDA  E SAUDAÇÃO

            O Padre acolhe e saúda a Assembléia com palavras espontâneas ou com a forma composta no Missal.
            A saudação é bíblica, podemos ver alguns exemplos de saudação: RT 2,4; Lc 1,28; Jo 20,19; 2Cor 13,11-13

ATO PENITENCIAL

            É o convite para que cada um olhe para dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecendo e confessando seus pecados (falta de amor) lembrando sempre do que Jesus disse em Mt 7, 1-3, pedindo perdão de todo coração com o sentido e o propósito de mudança de vida como o profeta Davi falou a Deus. (Sl 54 ou 50,3-6)
            Aos domingos, particularmente, no tempo pascal, em lugar do ato penitencial de costume, pode-se fazer a benção e aspersão da água  em recordação do batismo.(DEVII, 51).
            Senhor tende piedade de nós logo em seguida ao Ato penitencial que pode ser cantado, a menos que já tenha sido rezado no ato penitencial,  momento em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram sua misericórdia. (DEVII, 52)

HINO DE LOUVOR OU GLÓRIA

            O Glória é um hino de louvor à Santíssima Trindade que se sucede ao Ato penitencial como forma de expressar nossa alegria pela graça do perdão de Deus, alegria essa que transborda do coração de forma espontânea. O glória é cantado ou recitado nas Missas solenes, seja nos domingos e sábados ou nas festas dos santos. Só se omite o glória na Quaresma e no Advento, por que não são tempos próprios de expressar alegria.
(At 3, 8-9; Lc 1, 46-47; Lc 2, 14; Lc 2,29-32)
           
Importante lembrar que o texto desse hino não pode ser substituído por outro. Se não for cantado deve ser recitado por dois coros dialogando entre si. (DEVII, 53)


ORAÇÃO DA COLETA

Coleta, quer dizer reunir, recolher, coletar. Aqui é o momento de coletar os pedidos, as orações da Assembléia, por isso começa com o “Oremmus”, com um momento de silencio para uqe todos faça sua oração mentalmente, em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração oficialmente em nome de toda a Igreja, elevando a Deus todas as intenções dos fiéis, e todos respondem Amém (Assim seja) em sinal de confirmação. Após essa oração termina os Ritos Iniciais passando para a segunda parte da Missa.


SEGUNDA PARTE DA MISSA


2-LITURGIA DA PALAVRA


            A Liturgia da Palavra  tem um conteúdo de maior importância. Nessa hora, Deus nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como “Povo de Deus” e fala intimamente a cada um dos presentes. (Hb 4, 12/Lc 7, 14-15)
            A  parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas Leituras Sagradas e pelos cantos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida pela homilia, a profissão de fé e a oração universal dos fiéis. Nas Leituras Sagradas Deus revela o mistério da redenção e da salvação, e oferece alimento espiritual; e o próprio Cristo se faz presente em meio aos fiéis, por sua palavra.
             Mediante as leituras é preparada para os fiéis a mesa da Palavra de Deus e abrem-se para eles os tesouros da Bíblia.
            Na celebração da Missa as Leituras são sempre proferidas do ambão. (DEVII, 57 e 58).
            Durante a semana se proclama uma leitura geralmente retirada do Antigo Testamento, o Salmo Reponsorial, o canto de Aclamação e o Evangelho, a Homilia, a Profissão de fé, e a oração dos fiéis. Já aos domingos e em dia festivos temos a primeira leitura,  o Salmo Responsorial, a segunda Leitura,  o canto de Aclamação e o Evangelho, seguido pela Homilia,  a Profissão de Fé e a oração dos fiéis.

1ª. LEITURA
            Em geral é retirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado remoto da história da Salvação. Pode ser também uma carta

SALMO RESPONSORIAL
            Parte integrante da liturgia da palavra é  uma espécie de eco ou resposta à mensagem proclamada, oferece uma grande importância litúrgica e pastoral, favorecendo a meditação da Palavra de Deus. Não pode ser um canto qualquer, as vezes canta-se outro “Canto de  Meditação,que pode ser também válido. desde que sua mensagem esteja dentro do tema da Leitura e ajuda  a Assembléia a rezar e a meditar a Palavra de Deus que acabou de ser proclamada.

2ª. LEITURA
            Em geral é uma carta (“Epístola”)
            São Gregório disse: “A Bíblia é a carta de amor de nosso Pai. E, muitas vezes, nós a deixamos fechada no envelope”.



CANTO DE ACLAMAÇÃO
            Antes da proclamação do Evangelho canta-se o Aleluia ou outro canto estabelecido pelas rubricas, conforme exige o tempo litúrgico. Neste momento deve-se fazer a Monição convidando e motivando a Assembléia para ouvir o Evangelho. A Monição (breve comentário), é feita com os fiéis sentados, em seguida a Aclamação ao Evangelho, canta-se de pé. Na Quaresma e no Advento não tem o Aleluia.

EVANGELHO
            Ponto alto da Liturgia, a expectativa para ouvir a mensagem da Palavra de Deus proclamada pelo leitor, o padre ou o diácono proclama o Evangelho, junto da estante, num lugar mais elevado, para ser visto e ouvido claramente por todos.
            Cada pessoa faz o sinal da Cruz na testa que seria o pedido para Deus abrir a cabeça para ter uma boa compreensão da palavra, outro sinal na boca que seria pedir para que possa espalhar essa mensagem corretamente aos outros e um sinal no peito que simboliza abrir o coração para amar esta palavra que vai ser proferida.

HOMILIA
            Tem um significado de sermão explicativo. Nutridos pela Palavra de Deus, é necessário que o sacerdote atualize o que foi dito há mais de dois mil anos atrás, diz o que Deus está querendo “Hoje” para aquela comunidade ali presente. E os fiéis não devem levar em conta a pessoa do padre, mas sim o próprio Cristo, que disse aos seus discípulos: “Quem vos ouve. a mim ouve, quem vos rejeita, a mim rejeita”. (Lc 10, 16)
            A Homilia por via de regra é proferida pelo sacerdote, não podendo ser omitida  aos domingos e festas sobretudo nos dias de semana do Advento, Quaresma e Tempo pascal, a não ser por motivo grave, ou por alguém delegado a um sacerdote concelebrante, ou ocasionalmente, a um diácono, nunca, porém, a um leigo. (DEVII, 65)

PROFISSÃO DOS FÉ
            O Símbolo da  Profissão de Fé tem por objetivo levar o povo  a responder  à palavra de Deus anunciada da sagrada Escritura e explicada pela homilia.
            Na atitude de professar solenemente a sua Profissão de Fé, a Assembléia quer dizer que crer realmente na Palavra de Deus proclamada e que está pronta para po-la em prática.
            O “Creio em Deus Pai” é a base da fé católica, e quando falamos que cremos na Santa Igreja Católica, estamos falando da Igreja como algo divino ou seja instituída por Deus, não da Igreja pecadora ou seja constituída por criaturas imperfeitas. (Mt 16, 18-19).
            O símbolo da Fé pode ser recitado como pode ser cantado por todos juntos, ou pelo sacerdote com a assembléia ou pelos cantores com a assembléia.

ORAÇÃO DOS FIÉIS
            Na Oração dos fiéis, oração universal, o povo responde de certo modo à palavra de Deus acolhida com fé e exercendo sua função sacerdotal , eleva preces a Deus pela salvação de todos. Aqui professamos nossa confiança  em Deus que nos falou e nós colocamos em sãs mãos as nossas preces  de maneira oficial e coletiva. E fazemos essas orações confiando em Jesus, que disse:”Pedi e vos será dado; procurai e achareis; batei, e se abrirá para vós. De fato, todo o que pede recebe, quem procura encontra, quem bate se abrirá”. (Mt 7, 7-8).
            Convém que normalmente se  faça esta oração nas Missas com o povo, de tal modo que se reze pelas seguintes intenções:
v     Pelas necessidades da Igreja
v     Pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo
v     Pelos que sofrem qualquer necessidade
v     Pela comunidade local


TERCEIRA PARTE DA MISSA

LITURGIA EUCARÍSTICA

            Jesus na última Ceia institui a Eucaristia – o sacrifício e a Ceia Pascal que o torna presente na Igreja.
            Cristo, na verdade, tomou o pão e o cálice, deu graças, partiu o pão e deu aos seus discípulos dizendo: Tomai, comei e bebei; isto é o meu corpo; este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de mim (Mt 26, 26- 29). Por isso a Igreja dispôs toda a celebração da liturgia eucarística em partes que correspondem às palavras e gestos de Cristo. De fato:
v     Na preparação dos dons levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles elementos qu e Cristo tomou em sua mãos
v     Na Oração eucarística reúnem-se graças a Deus por toda a obra de salvação e as oferendas tornando-se Corpo e Sangue de Cristo
v     Pela fração do pão e pela Comunhão os fiéis, embora muitos, recebem o Corpo e o Sangue de Cristo de um só pão e de um só cálice, do mesmo modo com os Apóstolos, das mãos do próprio Cristo.

            A Eucaristia reúne duas coisas:
v     Como Sacramento, renova a Ceia Pascal
v     Como Sacrifício, renova o ato redentor de Cristo na Cruz

PROCISSÃO DAS OFERENDAS
            Somente em razão especial deve-se fazer a procissão das oferendas. As principais ofertas são o Pão e o Vinho, podendo se trazer outras coisas como: trigo, uva água, flores. Na hora do ofertório colocamos uma cesta para recolher as ofertas para conservação do templo (da casa de Deus). Deve ser bem claro, aqui não se trata de esmola, mas sim um gesto de gratidão em sinal de retribuição a tantos benefícios que dele recebemos. Não importa o que é colocado, mas a intenção com que se coloca.
            As oferendas na verdade é um rito milenar direcionado a Deus em forma de gratidão pelos benefícios recebidos. Caim e Abel fazia sua oferta a Deus Pai (Gn 4,3.4,4), Moisés oferecia holocaustos ao Senhor (Ex 20,24), e Jesus o Cordeiro imolado se oferece para remissão dos pecados e se faz presente sobre as espécies de pão e vinho.
No altar já devem estar o corporal, o purificatório, o missal e o cálice, a não ser que se prepare na credencia.
Enquanto acontece as oferendas se canto um canto apropriado  até que o sacerdote lave as mãos exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação interior.

APRESENTAÇÃO DO PÃO E DO VINHO
            O presidente  oferece o pão a Deus, e convida aos fiéis rezarem com o ele , e com a oração sobre as oferendas, que termina com a conclusão mais breve: “Por Cristo, nosso Senhor, que convosco vive e reina” e a Assembléia responde prontamente, “Amém”.

ORAÇÃO EUCARÍSTICA

            Com a Oração Eucarística centro e ápice de toda a celebração, prece de ação de graças e santificação. Ela é distinta entre todas as  orações pelos seus elementos:
v     ação de graças expressa no Prefácio
v     A aclamação pela qual a assembléia em união com os espíritos celeste cantam o Santo
v     A epiclese, na qual a Igreja implora por meio de invocações especiais a força do Espírito Santo para que os dons oferecidos pelo homem sejam consagrados e se tornem o corpo e o sangue de Cristo
v     A narrativa da instituição e consagração pelas palavras de Jesus
v     A anamnese, pela qual se cumpre a ordem recebida do Cristo Senhor através dos Apóstolos, a Igreja faz a memória de Jesus, relembrando sua paixão, morte, ressurreição e ascensão aos céus
v     A oblação, pela qual a Igreja, em particular a Assembléia reunida realizando esta memória, oferece ao Pai e ao Espírito Santo, a hóstia imaculada
v     As intercessões, pela qual se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como terestre, a oblação é feita por todos os seus mebros vivos e defuntos coparticipes do Corpo e Sangue de Cristo
v     A doxologia final que exprime a glorificação de Deus confirmada pelo o Amém do povo orante

RITO DA COMUNHÃO

PAI NOSSO
            O Pai Nosso é uma oração no sentido comunitário e não individual, mesmo que rezemos sozinhos estou incluído todos os meus irmãos. Por isso digo Pai Nosso e não Pai Meu, venha a nós o vosso Reino.
            Antes de ser ensinado aos discípulos foi vivido por Jesus, portanto deve ser vivido por seus discípulos.

SAUDAÇÃO
            Logo depois do Pai Nosso o Presidente  reza uma oração pedindo a Deus nos livrar de todos os males segue o Rito da Paz, no qual a Igreja implora pela paz e a unidade de si mesma e para toda a família humana.

FRAÇÃO DO PÃO  (ICor 10, 17)
            Ao terminar a Saudação o celebrante parte a Hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice com vinho consagrado, em um gesto belíssimo de fraternidade, enquanto isso ele recita em voz baixa: “ Esta união do corpo e sangue de Jesus, o Cristo e Senhor, que vamos receber, nos sirva para a vida eterna. enquanto isso a Assembléia canta ou recita o Cordeiro de Deus.

CORDEIRO DE DEUS
            Embora no inicio da Missa já se tenha pedido perdão a Deus pelos nosso pecados, ainda não nos sentimos dignos de receber o corpo e sangue de Cristo, por isso mais uma vez pedimos a misericórdia de Jesus, para que se faça um em nós. O sacerdote levanta a Hóstia Consagrada afirmando estar ali o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o qual não somos dignos de receber, mas por sua palavra somos salvos. “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor (Mt 8, 8).


COMUNHÃO
           
COMO DEVO COMUNGAR?

            Ao ser apresentado o corpo de Cisto na mesa do banquete eucarístico o fiel cristão deve estar atento aos gestos e maneiras  diante do altar para receber Jesus.
            O sacerdote ou Ministro ao apresenta Jesus ele: “ O Corpo de Cristo”, e nós devemos responder com convicção o “Amém”, que quer dizer sim este é o corpo de Cristo. O comungante ao receber a Hóstia deve comungar ali mesmo, e não sair com a Hóstia na mão. Para comungar é preciso estar na graça de Deus ( sem pecado grave) e em jejum ( sem comer pelo menos durante uma hora antecedendo a comunhão)e estar dignamente vestido, para apresenta-se diante de Jesus.



CANTO DE COMUNHÃO
            Enquanto  o Sacerdote recebe o Sacramento, entoa-se o canto da comunhão que exprime, pela unidade das vozes a união espiritual dos comungantes, demonstra alegria no coração e realça mais ainda a beleza da Celebração da Santa Missa.
            O Canto de Comunhão deve expressar uma antinfona do Gradual Romano ou outro canto adequado, aprovado pela Conferencia dos Bispos.
            Após a Comunhão é necessário que se faça um silencio para interiorização da Palavra de Deus e ação de graças, pode-se recitar um salmo ou cantar um canto de ação de graças.
           


                                        QUARTA PARTE DA MISSA
                                              
RITOS FINAIS


            Os Ritos Finais se inicia com a Oração PósComunhão proferida pelo sacerdote seguidos dos avisos e convites.
SAUDAÇÃO E BENÇÃO FINAL
            Pode ser uma formula simples ou solene., com a benção final e o beijo no altar e a inclinação final em sinal de respeito profundo.

NA SACRISTIA
            Para finalizar todos os participante da Missa, Sacerdote, Acólitos e Ministros se recolhem na sacristia par a reverencia final quando o sacerdote diz Bendigamos ao Senhor, e ao que se responde “Demos Graças a Deus”.




DOMINGO – DIA DO SENHOR


            Deus conhece o homem na sua mais profunda intimidade de sua alma, pois Ele o criou e conhece bem suas limitações. Ao criá-lo deu-lhe uma ordem (Ex 20, 8-11). O sábado era o dia que lembra a Aliança de Deus com seu Povo eleito (Ex 31,16-17). Jesus porém,  é a plenitude da Lei e da Eterna Aliança. E Ele ressuscitou no domingo. Pois bem a ressurreição de Jesus é portanto o maior acontecimento da História da Salvação. Por isso o dia do Senhor passou a ser festejado pelos cristãos no domingo, para bem celebrar a Eucaristia que é o centro da piedade cristã. (At 20, 7/ Mt 12, 8/ Cl 2, 16-17)
            A palavra Domingo vem do Latim que significa Dia do Senhor. Todo dia é dia do Senhor , mas é este dia é em especial destinado à renovação espiritual, é o centro e ápice da piedade cristã como é chamada a Missa pelo próprio Concílio.




                                                     Margarida Maria Viana Sales
                                               Teóloga/Historiadora/Psicopedagoga
                                                           janeiro de 2011